Juntamente com os acidentes vasculares cerebrais (AVCs), as doenças cardíacas estão no topo das principais causas de morte no país e no mundo. Pensando na prevenção, a recomendação é que a primeira consulta com um cardiologista aconteça já na adolescência.
Neste primeiro contato, costumam ser realizados:
- avaliação clínica;
- análise de condições médicas familiares;
- medição da pressão arterial;
- eletrocardiograma.
Além disso, o especialista pode solicitar exames de sangue para que os níveis de glicemia e colesterol sejam acompanhados. Quando não forem registradas alterações em nenhum dos testes, o check-up deve se repetir a cada três anos.
Caso contrário, é preciso verificar as razões e, assim, iniciar o tratamento. É importante destacar que, dentre os possíveis motivos, o crescimento da hipertensão na juventude vem preocupando os médicos.
Com que idade a ida ao cardiologista deve ser mais frequente?
Se a pessoa não tiver problemas no coração, estiver fora do grupo de risco, o check-up anual deve ser realizado a partir dos 35 anos, no caso dos homens, e após a menopausa nas mulheres.
Nessa bateria de exames, junto com perguntas sobre hábitos de vida, alimentação e a existência de alguma doença atual, o médico faz diversas análises. Além do eletrocardiograma, que avalia o ritmo dos batimentos, podem ser realizados:
- teste ergométrico: investiga possíveis arritmias em situações de esforço e o comportamento da pressão durante exercícios físicos;
- ecocardiograma: observa a contração do músculo, movimento das válvulas e as medidas das cavidades cardíacas.
Quando ir ao cardiologista deve ser prioridade
Quando não houver distúrbios comprovados no coração, as idas ao cardiologista são consideradas de rotina, ou seja, devem seguir o calendário de check-ups preventivos.
Porém, se a pessoa contar com um histórico de doença cardíaca na família, mesmo que ainda não apresente algum sintoma, a orientação é de procurar um cardiologista o mais precoce possível.
Os principais fatores de risco, que também devem ser levados em consideração na história familiar, são:
- obesidade;
- hipertensão;
- colesterol alto;
- diabetes.
- Morte súbita na família
- história de infarto ou AVC
Os que fizerem parte desse grupo devem buscar um cardiologista anualmente a partir dos 20 anos de idade.
Por que algumas crianças precisam ir ao cardiologista?
Como toda regra tem exceção, existem situações em que as visitas podem começar antes mesmo da adolescência: por exemplo, quando a criança inicia práticas esportivas.
Jovens cardiopatas que se exponham a exercícios intensos sem o devido acompanhamento podem sofrer mal súbito durante a atividade.
Assim, a importância de realizar consultas e um exame de eletrocardiograma nessa fase se dá porque o cardiologista pode diagnosticar mais de 90% dos problemas no coração existentes, principalmente os congênitos.
Com essa identificação precoce, é possível começar o tratamento ou, então, prevenir diversas condições que podem surgir ao longo do tempo.
A questão é que,
quando se pensa na idade certa para ir ao cardiologista, ela pode não valer para todos, afinal, há fatores de risco que podem adiantar a necessidade de um check-up.
O essencial é garantir que nada esteja afetando a saúde de seu coração. Portanto, não importa a fase da vida, vá ao médico e previna-se!