A dúvida é se uma dor no peito, principalmente do lado esquerdo, é ou não um infarto.
A dor no peito é um sintoma que precisa, sempre, de investigação médica adequada e pode ter origem em diversos órgãos, como coração, esôfago, estômago, pulmão, pele e musculatura.
Quando a dor no peito é de origem cardíaca, pode ser devido a um aporte inadequado de nutrientes e oxigênio ao miocárdio (músculo). Esse sintomas é denominada de Angina. Algumas vezes podem ocorrer oclusões graves, levando ao infarto. Algumas alterações na estrutura do coração também podem gerar dor torácica, por exemplo, a inflamação da membrana que envolve o coração (pericárdio) causando uma doença chamada de pericardite.
O pulmão
quando tem seu aporte sanguíneo prejudicado por um trombo, pode gerar dor torácica, como é o caso do tromboembolismo pulmonar (TEP). O excesso de acidez no estômago
leva também a dor tipo “queimação”, que muitas vezes é referida pelo paciente como dor no peito;. Outra doença que pode levar a esses sintomas é a doença do refluxo gastresofágico; aonde o conteúdo ácido do estômago chega ao esôfago
gerando dor. A pele
pode ser acometida por doenças que causam dor no tórax, como o herpes zoster. Muitas vezes contraturas musculares, traumas e inflamação da cartilagem das costelas
podem gerar dor.
A dor no peito também pode refletir problemas de fundo psicológico, como transtorno ansioso e síndrome do pânico.
Diante dessa grande variedade de patologias, torna-se muito importante a avaliação médica para o diagnóstico adequado da causa da dor no peito. Vamos esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre a dor no peito de origem cardíaca:
O que é Angina Pectoris?
O aporte inadequado de nutrientes e oxigênio, geralmente secundário a uma obstrução das artérias que transportam sangue para o músculo cardíaco, leva a dor no peito que é denominada de Angina Pectoris. Ela é caracterizada por sintomas dolorosos no centro do peito, que podem irradiar-se ao braço esquerdo, a mandíbula e ao dorso e que piora com esforço físico.
Quem tem mais risco de ter Angina?
Geralmente a angina está relacionado a aterosclerose e obstrução das artérias coronárias. Angina pode ocorrer em qualquer pessoa, porém é mais frequente em portadores de colesterol alto, diabéticos, hipertensos, tabagistas, pessoas que já infartaram previamente, homens maiores de 45 anos, mulheres maiores de 55 mulheres e naqueles com histórico familiar de doença cardíaca.
Como é realizada a investigação da Angina?
A investigação varia de acordo com os sintomas, a idade do paciente e outras doenças associadas. Os exames mais importantes no diagnóstico, estão: teste ergométrico, ecocardiograma com estresse, cintilografia miocárdica, angiotomografia de coronárias, cineangiocoronariografia (cateterismo) e ressonância magnética do coração.
Cada um desses exames possuem suas indicações e contraindicações e cabe ao cardiologista definir qual o exame adequado para investigação em cada paciente.
O que é o Infarto?
O infarto é a morte das células miocárdicas (células do músculo cardíaco) secundário a interrupção do fluxo sanguíneo devido obstrução de uma artéria coronária.
Geralmente o sintoma inicial é a dor no peito (dor torácica). Por vezes, os sintomas podem ser: náusea (vontade de vomitar), sudorese fria, falta de ar.
O infarto configura uma emergência médica sendo de extrema importância que, sentido a dor no tórax, você procure imediatamente o serviço de emergência de um Hospital para que seja realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado.
Qual é o tratamento da Angina?
O tratamento da Angina é individualizado, varia desde o uso de medicações via oral até tratamentos onde são realizados procedimentos para restaurar o fluxo adequado das artérias como, por exemplo: cateterismo cardíaco com angioplastia e colocação de stent. Em alguns casos pode ser necessária inclusive cirurgia cardíaca.
Diante do exposto, nunca menospreze a dor no peito. Dor torácica pode ser algo simples, mas não se esqueça que pode levar a morte também. Na dúvida, procure um cardiologista para melhor avaliação.