O corpo da mulher passa por diversas mudanças ao longo da gravidez. Além das questões que envolvem os hormônios e a sua própria aparência, os órgãos igualmente precisam se readaptar
para possibilitar o crescimento e o pleno desenvolvimento do feto.
Entre essas modificações inevitáveis, as que envolvem o coração e o sistema vascular costumam causar mais preocupação. Isso porque, quando ocorrem alterações cardíacas durante a gestação, é preciso tomar providências para que a saúde da mãe ou do bebê não fique comprometida.
Confira abaixo 3 alterações cardíacas muito comuns durante a gestação.
É fundamental buscar ajuda médica quando se tiver dúvida. Boa leitura!
3 alterações cardíacas que podem ocorrer durante a gestação
1 - Frequência cardíaca
Para que o corpo se adapte às novas condições, é muito comum que ocorram alterações cardíacas durante a gestação. Entre elas, destaca-se a quantidade de sangue que é bombeada, fazendo com que haja elevação na frequência dos batimentos.
Inclusive, 95% das grávidas
podem apresentar sopro no coração, secundário ao ao aumento do fluxo sanguíneo pelas valvas.. Apesar de ser muito comum, não quer dizer que obrigatoriamente esses índices irão afetar todas as gestantes. Tudo depende do estado de saúde da mulher e se há antecedentes de problemas no coração. Na maioria das vezes, essas alterações são normais.
2 - Posição do coração dentro do corpo
Conforme vai passando os meses da gestação, o útero vai aumentando de tamanho e, consequentemente, o diafragma se eleva. Com isso, o coração começa se posicionar de forma mais horizontal.
Além disso, o órgão inicia um processo de deslocamento. No caso, ele sobe um pouco em relação ao seu local original, fica mais para frente e se desloca para a esquerda.
3 - Pressões arterial e venosa
De forma geral, a pressão arterial tende a diminuir no início da gravidez e depois se eleva aos poucos quando chega na metade da gestação. Porém, isso não é uma regra, principalmente porque pode ocorrer uma doença chamada hipertensão gestacional.
Em média ela acomete 10% das gestantes, principalmente as que sofrem com sobrepeso, são sedentárias e estão em sua primeira gravidez.
Esse aumento irregular da pressão sanguínea é uma das alterações cardíacas na gestação que, se não for tratada adequadamente, pode ocasionar problemas graves para a mãe e para o bebê.
Outra mudança muito comum nessa fase é o aumento da pressão venosa, ou seja, da pressão existente nas grandes veias de retorno ao átrio direito do coração. Ela contribui para o surgimento de varizes nas pernas e de hemorroidas, além de poder desencadear edemas nos membros inferiores.
Para evitar problemas e imprevistos, é fundamental conhecer as principais alterações cardíacas durante a gestação e, assim, ficar atenta aos sintomas que podem desencadear.
Na dúvida, converse com o (a) obstetra. Quando necessário, procure um cardiologista e realize o acompanhamento adequado. Essa é a melhor forma de garantir o pleno funcionamento do coração e a saúde da mãe e do bebê.